domingo, 20 de maio de 2012

GEEZER BUTLER E SEU DESABAFO

Repertório da banda Black Sabbath em 19/05 em Birmingham




Com o Coração Pesado
19 de maio de 2012
Me sinto triste de ver a reunião do Sabbath se tornar uma novela na internet. Foi um ano muito duro para nós, como banda, com o anúncio dos planos de reunião seguidos do diagnóstico de linfoma de Tony, o que nos deixou sem opção a não ser o adiamento da tour, e depois com Bill indo a público em seu site sobre um contrato que não era digno de ser assinado.
Nenhum de nós sabia como Tony ia responder à intensa quimioterapia e radioterapia. Ozzy e eu voamos para ficar com Tony, e nos dias em que ele estava bem, nos encontramos no seu home studio e juntamos idéias para o próximo álbum, sentamos juntos, sem baterista, apenas três de nós colocando ideias. Achamos que tínhamos músicas suficientes para um lançamento decente, e voltamos para L.A. e costuramos a coisa toda com Bill.
Infelizmente, para nossa surpresa, Bill soltou um comunicado no seu site sizendo que fora oferecido a ele um contrato inassinável. Ele não disse a nenhum de nós que estava tendo problemas contratuais, e francamente, estas coisas são discutidas entre nossos representantes, e nunca entre nós quatro, muito menos em público.
Tínhamos a ideia de fazer apenas um show este ano, esperando que Tony estivesse bem para este show, e que as coisas com Bill se resolveriam. Como vocês devem saber, um show único no Donnington Festival (Download) custa uma verdadeira fortuna para ser montado, incluindo mais de 50 pessoas, transporte, passagens aéreas, hoteis, comida, agentes, promotores, contadores, advogados, etc, então nenhum de nós espera ganhar muito dinheiro com este show. Foi um show do Sabbath para os fãs, antes de nós começarmos a gravar o novo álbum.
Aparentemente isso não foi aceitável para os representantes de Bill, eles queriam uma soma tão fora da realidade que parecia uma piada. Então enfrentamos a ideia de fazer o Download sem Bill, esperando que ele mudasse de ideia e ao menos fizesse uma participação especial.
Começamos a ensaiar algumas semanas atrás com Tommy Clufetos, baterista que estará na tour Ozzy and Friends. Baterista brilhante e um bom cara. Foi decidido que deveriamos fazer um show de aquecimento para quebrar o gelo, visto não termos tocado juntos. A O2 Academy estava disponível em Birmingham, onde estávamos ensaiando, então decidimos por este local, e em fazer uma doação ao Help For Heroes Charity, visto que estaríamos ainda ajustando algum problema que pudéssemos ter.
Então Bill soltou outro pronunciamento dizendo que estava pronto para tocar no show de Birmingham, mas que esperávamos que ele fizesse o show "de graça". Eu acho que é basicamente desta forma que se consegue dinheiro para caridade - você toca o show "de graça".
Tudo o que quero dizer é que tem dois lados para tudo. Eu espero tocar com Bill novamente algum dia. Por qualquer que seja a razão, não era para ser desta vez. Bill tomou a sua decisão e eu tenho de respeitar isso. Felizmente este ano doloroso fará valer a pena a espera pelo novo álbum do Sabbath e terminará com divertimento e felicidade para todos.
Fiquem frios,
Geezer


Geezer Butler



Fiquem com um video do show de 19/05/2012 gravado da platéia:




domingo, 13 de maio de 2012

CARLOS "VÂNDALO" LOPES (GUITARRA E VOZ DA BANDA DORSAL ATLÂNTICA)

DORSAL ATLÂNTICA



Impossível pensar em metal no Brasil sem citar os cariocas do Dorsal
Atlântica. Capitaneada pelo incontestável líder Carlos "Vândalo" Lopes
o grupo registrou clássicos imortais do metal nacional venerados em
todo o mundo. Depois de 22 anos parados resolveram voltar com a
formação clássica que tem além de Carlos na guitarra e vocais seu
irmão Cláudio "Cro-Magnon" no baixo e Hardcore na bateria. A banda
está com uma campanha na internet para arrecadar fundos pro novo
trampo e pra saber mais sobre tudo isso batemos um papo com o
polêmico, mítico e autêntico Carlão, aproveitem!

                                                                               
                                                                              Manu "Joker" Henriques




Manu "Joker" Henriques: Salve Carlão, antes de mais nada o que o motivou a se reunir com seu irmão e com o Hardcore após 22 anos pra reviver o Dorsal
Atlântica. Me lembro de ler em entrevistas que a banda pra você era
passado. O que o motivou nesse retorno?



Carlos "Vândalo" Lopes: Não me canso de repetir que foi a pressão
incansável dos fãs durante 12 anos, o período que a banda hibernou.
Coloquei meus desejos de lado e cedi. Mas para que o sonho se torne
realidade contamos com o apoio dos fãs,  dos que querem participar
desse momento histórico, dessa revolução, da qual todos podem fazer
parte até dia 10 de JUNHO de 2012 no site da CATARSE.

http://catarse.me/pt/projects/659-projeto-novo-cd-da-banda-de-metal-dorsal-atlantica





Manu "Joker" Henriques:  A sua trajetória já é bem conhecida de todos os fãs da banda,
depois do Dorsal você esteva frente de interessantes projetos como
Usina Le Blond e Mustang, colaborou com revistas, lançou seu blog e
continuou na mídia. Agora em relação ao Cláudio e o Hardcore, por onde
andaram esses dois? Tocando em alguma banda?



Carlos "Vândalo" Lopes: O Hardcore é músico de estúdio e da noite e
meu irmão estava aposentado de bandas. Após perceber que poderíamos
prestar essa homenagem aos fãs, me reuni com os dois amigos na mesma
noite em que a banda FOCUS tocava no Rio e lhes expliquei a situação.
Cláudio e Hardcore receberam a notícia com muita alegria, empolgados
mesmo e disseram mil sims.



Manu "Joker" Henriques: Como se deu a reunião, onde decidiram voltar a formação clássica? De quem partiu a ideia?



Carlos "Vândalo" Lopes: O que nos motivou mesmo para voltarmos foi o
convite da produção do 'Metal Open Air', o mal fadado festival que não
ocorreu no Maranhão e que contava com um cast de dezenas de bandas
fabulosas, que nos pediu para que fechássemos uma das 3 noites do
festival e nenhuma outra banda brasileira foi convidada para fechar
uma noite, percebi que era a hora. Nos disseram que a abertura para a
Dorsal Atlântica, seria feita pelas bandas Exodus e Anthrax. 99% das
bandas brasileiras aceitariam na hora, mas eu disse não porque não
havia cachê. Depois dessa, senti que era a hora, juntamente com a
pressão da comunidade da banda no facebook, que hoje por curiosidade,
alcançou 666 seguidores!









 Manu "Joker" Henriques: Vocês estão com uma campanha para arrecadar fundos pra gravação do cd novo, como várias bandas tem feito, como andam os resultados e o
que você pode nos contar a mais sobre essa questão?


Carlos "Vândalo" Lopes: O público da DORSAL está nos apoiando
exponencialmente, as porcentagens duplicam dia a dia e até o momento a
meta semanal está sendo atingida. Crowdfunding é um sistema de
realização de projetos, financiado pelas pessoas, sem intermediários.
A data limite para que o apoiador invista na produção do CD é 10 de
JUNHO de 2012. Se até essa data, se o valor total não for arrecadado,
o CD não será produzido e os investidores terão seu dinheiro de volta.
Do orçamento de 40 mil, um valor subfaturado, 27,5 % são do imposto de
renda e 12% do site CATARSE. Os valores de contribuição cobrem todas
as despesas relativas à gravação e prensagem do novo CD da DORSAL
ATLÂNTICA. As diversas opções de investimento estão disponíveis no
site CATARSE.ME.

http://catarse.me/pt/projects/659-projeto-novo-cd-da-banda-de-metal-dorsal-atlantica





Manu "Joker" Henriques: Você disse que o material já está pronto. Desde quando estão
ensaiando e o que pode nos adiantar das músicas? Achei os títulos bem
interessantes e remetem a fase inicial da banda abordando tanto fatos
históricos, guerras, política como também o lado mais filosófico. É
por ai mesmo?



Carlos "Vândalo" Lopes: Se o CD existir, será um trabalho de homenagem
aos fãs. Uma das músicas, que talvez feche o disco, ou seja enviada
como bônus, é um hino que agradece aos fãs pelo empenho durante a
campanha. A inspiração para o novo trabalho vem dos nossos primeiros
LPs entre 1986 e 1990, gravados pela mesma formação que participa da
campanha. As músicas em português estão sendo escritas há dois meses,
desde que o projeto foi pensado. As letras falam sobre guerra (tema do
nosso primeiro LP) e sobre questões humanas (exatamente como as letras
do segundo LP).  O que deve ficar claro é que esse não é um disco
saudosista, mas um trabalho que espelha o nosso passado, com a força
do presente e as lições que aprendemos na vida e na estrada. Como
também não é um disco moderno, é um disco da DORSAL ATLÂNTICA.

 Esses são os nomes de algumas das novas composições: Meu Filho me
Vingará (sobre Euclides da Cunha), Stalingrado (sobre a vitória dos
russos contra os nazistas), Operação Brother Sam (sobre o golpe de
1964 e a reação americana contra a esquerda brasileira), Jango
Goulart, Eu Minto, Tu Mentes, Todos Mentem, O Retrato De Dorian Gray,
Corrupto Corruptor, Colonizado / Entreguista, A Invasão Do Brasil, 168
Bpm, Imortais.





Manu "Joker" Henriques: Saindo o disco a banda colocará novamente o pé na estrada? Essa volta é em definitivo?


 Carlos "Vândalo" Lopes:  A intenção, como está explicado no blog da
CATARSE não é um retorno aos palcos, mas a arrecadação para gravarmos
um CD de homenagem aos fãs.  Não gosto de pensar em shows, antes mesmo
de termos um CD em mãos, acho muito precipitado. Uma coisa de cada vez
para não atolar, né?.




 Manu "Joker" Henriques: Após esses 22 anos de inatividade como você situa o Dorsal
Atlântica na cena metal/hc atual do nosso país? Você tem acompanhado
as bandas mais novas?


Carlos "Vândalo" Lopes: Acompanhei profissionalmente a cena, quando
fui produtor e apresentador do programa Puro Metal na Rádio Venenosa
FM do Rio durante alguns anos e pesquisei bastante para ter um
programa dinâmico. E na fase de jornalista musical, durante mais de
uma década, continuei a receber demos e CDs. Infelizmente, a cena
prega o continuísmo e a DORSAL nunca foi uma banda que se repetisse,
que pregasse a estatização do pensamento, o cerceamento da
liberdade.Sou um dos fundadores do metal, assim como se conhece, no
Brasil. Fomos a primeira banda da América do Sul a fundir metal, punk
e hardcore. Nosso papel na história está selado, é definitivo, a
DORSAL não é moda.

domingo, 6 de maio de 2012

ADAM YAUCH

ADAM YAUCH






Adam Yauch, conhecido como o rapper MCA do trio Beastie Boys faleceu em 04/05/2012 em NY (EUA) aos 47 anos e deixará saudades pros fãs. O Páginas Vazias Zine deixa sua homenagem ao  rapper.


 Baixista auto-didata, Yauch ao lado de Mike "Mike D" Diamond e Adam "Ad-Rock" Horowitz - formou a banda de punk-rock The Young Aborigines, em sua festa de aniversário de 17 anos, em 1979. Logo depois o trio passaria a se chamar Beastie Boys, mas o rock perdurou em sua música.

Vencedor de três Grammys, o grupo chamou a atenção na música norte-americana por fazer rap com elementos do hardcore, diferente das batidas sampleadas de outros artistas do gênero.

Com a descoberta da doença e tratamento de Yauch, o trio não faz apresentações desde 2009. Porém, no ano passado, o Beastie Boys lançou o disco Hot Sauce Committee Part Two, depois de dois anos de atraso. O projeto seria lançado em dois discos, mas com o hiato do grupo, e agora, com a morte de MCA não se sabe se haverá sequência. O rapper também não estava presente na introdução do Beastie Boys ao Hall da Fama do Rock, em abril.
 O  trio alcançou a fama logo no primeiro álbum, Licensed to Ill (1986), com faixas como (You Gotta) Fight for Your Right (To Party)No Sleep Till BrooklynHold It Now, Hit It. Os três trabalhos seguintes, Paul's Boutique (1989),Check Your Head (1992) e Ill Communication (1994), mantiveram o Beastie Boys como um dos atos mais importantes da música norte-americana.
Ao todo, o grupo gravou oito discos de estúdio, e também venceu três MTV Video Music Awards e um MTV Europe Music Awards. Ao longo de quase três décadas de carreira, os Beastie Boys venderam mais de 40 milhões de discos em todo o mundo.
Além do lado musical, MCA foi grande ativista da libertação do Tibete, organizando em 1996 o Tibetan Freedom Concert, que reuniu 100 mil pessoas em São Francisco. O evento ainda teve outras edições em Nova York, Washington, Amsterdam, Tóquio e Sidney. Sua fundação, a Milarepa Foundation, também foi responsável pelo New Yorkers Against Violence, que levantou fundos para 'New York Women's Foundation Disaster Relief Fund' e 'New York Association for New Americans' logo após o 11 de setembro.
Em 2002, ele lançou a produtora de filmes Oscilloscope Laboratories. Entre seus trabalhos como diretor estão os clipes do Beastie Boys So Whatcha WantIntergalacticBody Movin' e Ch-Check It Out, sob o pseudônimo de Nathanial Hörnblowér. Com seu próprio nome, ele produziu em 2011 o vídeo de Fight For Your Right Revisited, um extra de Make Some Noise, que contou com a participação de Elijah Wood, Danny McBride, Seth Rogen, Jack Black, Will Ferrell e John C. Reilly.
Yauch deixa mulher, Dechen, e uma filha, Tenzin Losel.









quinta-feira, 3 de maio de 2012

HOMENAGEM A JIMI HENDRIX




Quase 42 anos após sua morte, Jimi Hendrix ainda está quebrando recordes. Bem, mais ou menos. No 10º festival “Thanks Jimi”, em Wroclaw, Polônia, mais de 7 mil guitarristas prestaram uma homenagem ao ícone da guitarra, tocando juntos a clássica canção “Hey Joe”. O feito estabeleceu um novo Recorde Mundial para o Guinness Book.


A antiga marca de “Maior Conjunto de Guitarras” era de 2009 e reuniu 6.346 músicos.




Assistam ao video: